Temática que traz uma bagagem interessante para um longo debate. Parabéns pelo tema. Pergunto: Na metodologia não ficou muito claro se foi estabelecido algum parâmetro para a seleção dessas coleções, ou estas são as únicas que se encontram no acervo de pesquisa? Na sua percepção, como superar a defasagem ou não visibilização dos povos do campo enquanto discussão nos livros didáticos? Como este tema pode e deve ser melhor explorado pelos professores não só na formação inicial, mas na formação continuada?

Olá Professora, Rosangela!
A respeito da metodologia as coleções analisadas foram as únicas disponíveis no acervo consultado na escola. Essas três coleções estavam completas do 6° ano ao 9°ano. Haviam algumas coleções incompletas, pois só havia um livro de algum ano e não continha os demais. Sobre minha percepção, a postura do(a) professor(a) poder contribuir muito para a superação dessa defasagem até mesmo utilizando os textos dos livros didáticos que retratam alguns estereótipos e debater com os(as) alunos(as) o contexto apresentado fomentando um pensamento questionador nas aulas e não apenas seguir o que está posto, mas sim problematizar a questão dos povos do campo. Algumas alternativas para explorar esse tema, pode ser a elaboração de materiais didáticos em conjunto com professores e universidades para evidenciar outros atores para além do espaço urbano. Em certos cursos, os livros didáticos são poucos debatidos, e uma aproximação entre as escolas e as universidades poderia modificar esse cenário na construção de materiais que retratem a realidade dos alunos, visto que as políticas educacionais muitas vezes retratam apenas um tipo de discurso. Enquanto educadores precisamos também adotar a tarefa de pesquisadores, e procurar em nossas aulas utilizar estratégias de aprendizagem que instigue o (a) aluno (a) na construção do conhecimento.
Muito obrigada pelas questões :)

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