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Cartografia Social e Ensino de Geografia: diálogos possíveis. Alex Cavalheiro Moreira e Gabriela Dambrós

by - 10:34 AM


 

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5 comentários

  1. Vivemos em uma sociedade, na qual o sistema econômico vigente promove a desigualdade. Nesse contexto, de que maneira uma aula de Geografia pode ser planejada utilizando a cartografia social para superar está realidade?

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    1. A desigualdade que vivemos no Brasil poderia ser superada de muitas formas, entretanto o que vemos, como disseste, o sistema econômico vigente promove essa desigualdade. Acredito que através da educação é o melhor caminho, para não só transformar realidades, como para se transformar como pessoa e sujeito educador. A cartografia social pressupõe uma participação coletiva dos sujeitos mapeados, com isso é possível incluir o grupo escolar na concepção da proposta de aula para a geografia. Ao usar bases como a coletividade, a participação e a elaboração de um produto cartográfico de maneira conjunta, podemos auxiliar o educando a perceber de forma mais crítica e reflexiva os fenômenos que o rodeiam, e assim através da educação geográfica, romper com muitas barreiras das desigualdades. É difícil dizer como superar essa realidade levando em conta um país continental como o nosso, mas é possível pensar de que forma subverter essas realidades partindo do contexto de nosso estudante, de seu ambiente escolar, de seu meio social e sua realidade de vida. Uma aula de geografia desenvolvida a partir da cartografia social, pode imprimir nos educandos a vontade de saber mais sobre as possibilidades do mundo, e ir além das amarras do capitalismo. Para a cartografia social a superação dessas desigualdades começa oferecendo as ferramentas para que os sujeitos do local mapeado possam ser agentes mapeadores, e assim, implicitamente, a geografia escolar pode servir de ponte para um rompimento com as duras realidades.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Temática de importante relevância para o ensino de geografia e merece ser debatida. Pergunto: De que forma podemos melhor visualizar esta aproximação no no contexto da formação inicial dos licenciandos em geografia? Como podemos explorar esta proposta para além dos componentes curriculares que possuem o foco nas metodologias de ensino?

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    1. Boas questões! Acredito que na formação inicial do (a) professor (a) de Geografia é necessário que ocorra uma abordagem mais ampla e especifica no âmbito da cartografia social, afim de que os licenciandos consigam compreender de que maneira os fatos sociais podem ser cartografadas, para que posteriormente, possam aplicar isso em suas aulas. E talvez, propor práticas, que dialoguem com a participação e a coletividade na construção dessa proposta. O ensino de cartografia de modo geral, pode ser desenvolvido de forma mais sútil e envolvendo diversos conteúdos dos componentes curriculares do curso de Licenciatura em Geografia, propor que o cartografar possa ir além das aulas de cartografia, dando espaço para a cartografia social agir nos mais variados fatos que ocorrem no espaço geográfico. No que diz respeito ao uso prático desse aspecto, para ir além das metodologias de ensino é possível perceber a necessidade de cartografar socialmente diversos acontecimentos e espaços, para que possamos ir além das concepções da cartografia tradicional, mas que ainda possamos compreender suas contribuições. Muitas são as formas que poderíamos aplicar a a cartografia social no cotidiano, poderia citar como exemplo a construção e registro das territorialidades do estudantes da geografia UFPEL, ou os estudantes do ICH/UFPEL de modo geral, ou quem sabe da população LGBTQIA+ pelotense, ou talvez cartografar as violências e as belezas, partindo de uma escala grande até uma pequena.

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