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O Ensino de geografia Física para Alunos com Deficiência Visual: entre dificuldades e possibilidades. Thomáz Augusto Sobral Pinho, Bárbara Gabrielly silva Barbosa e Ítalo D'Artagnan Almeida

by - 10:22 AM


 

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4 comentários

  1. Pensando na formação de professores, em muitos casos não somos preparados para trabalhar com a diversidade presente nas escolas. Perante isso, os autores já tiveram a possibilidade de aplicação de alguma das técnicas ilustradas na imagem? Se sim, como foi a experiência? Se não, como planejam aplica-las em sala de aula??

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    1. Boa noite, Jerusa! Questionamento bastante pertinente, diga-se de passagem. De fato, não somos preparados para a inclusão escolar. Por isso, receber alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) em sala de aula é tomado como um desafio. Recentemente apresentamos um artigo no Congresso Nacional de Educação no qual tratamos justamente da formação inicial dos professores de Geografia na perspectiva da educação inclusiva. Analisamos Projetos Pedagógicos de Curso, grades curriculares e ementas de disciplinas de 16 universidades públicas daqui do Brasil que ofertam o curso de Geografia Licenciatura e o preparo para a inclusão escolar é bastante defasado. O que me levou, particularmente, a ter a vontade de propor algo relacionado a educação inclusiva foram ações externas, que mesmo acontecendo na universidade, não se faz acessível para todos. Trouxemos como exemplo a aplicação de uma oficina de mapas táteis que foi realizada no começo do ano, na qual foi possível, de fato, mergulhar nesse "desafio" (assim como é tomado). Na oficina em si, trabalhamos exclusivamente com a construção dos materiais, demonstrando que as técnicas são acessíveis e possíveis de serem colocadas em prática pelos professores, na ausência de materiais mais sofisticados que necessitam de máquinas. Infelizmente ainda não tivemos um trabalho mais amplo de teste dos materiais com pessoas com deficiência visual. Lembro que testei apenas como uma deficiente visual, a qual conseguiu direitinho fazer a leitura do material, o que já foi bastante significante. O meu tcc está na área da Cartografia Tátil, na qual irei trabalhar com mapas e maquetes adaptadas, e está prevista uma prática em escolas e, previamente, testes dos materiais. No caso, desconsiderando esse cenário atípico, provavelmente nesta altura do ano eu já estaria aplicando, contudo, devido à pandemia, tudo acabou sendo prejudicado e atrasando. Mas com o pouco que já fizemos, somando às constribuições dos autores da área, já reconhecemos a importância dessas técnicas e a necessidade de expandi-la, sobretudo levando em conta que os recursos cartográficos são importantes para a Geografia escolar, no processo de compreensão do espaço geográfico, bem como para o desenvolvimento das habilidades espaciais. Ou seja, diante disso, devem estar acessíveis a todos! Mas para isso, é fundamental repensarmos a formação docente (sobretudo inicial, para não fazer da continuado um mera "tapa buraco"). Existem vastas legislações que prevêem a formação do professor para a inclusão escolar, mas infelizmente na prática isso não vem sendo concretizado. Obrigado pela participação e espero que eu tenha respondido.

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  2. Muito bacana a proposta. Minha pergunta é sobre quais materiais vocês acham essenciais à produção de Cartografia Tátil?

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    1. Boa noite, Alex, obrigado! Muito ainda se discute sobre uma possível padronização, tanto na posição dos elementos do mapa, quanto nos materiais e técnicas empregadas. Levando em conta o formato utilizado (produção artesanal), acreditando que essa maneira, sem exigir o uso de máquinas, permite uma maior replicação, a escolha dos materiais vai depender realmente da disponibilidade e/ou condições de a escola ou professor adquirir. Ressaltando que a construção do mapa tátil não se limita exclusivamente à passar os dados do plano bidimensional ao tridimensional, mas deve prezar pelo conforto de quem vai utilizá-lo. Ou seja, o material base (quase sempre emborrachado ou cartolina), deve ser de cor escura, devido ao contraste que pode facilitar a visualização por pessoas com baixa-visão; os materiais escolhidos devem ser confortáveis ao toque (sendo diferentes texturas - e cores - de tecidos e de papéis sugeridos). Portanto, fica realmente a critério de quem está produzindo, mas sendo fundamental levar em conta a confortabilidade e a qualidade do material para a leitura. E como destacado, isso é aplicado aos mapas artesanais, mas existem mapas confeccionados por maquinas, com o uso de plásticos, mas não sou muito adepto a essa ideia, sobretudo pelo custo e acesso à essas técnicas que se faz distante da realidade de grande parte das escolas.

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