O Seminário do Programa de Pós-Graduação em Geografia (SEMPGEO) chega, no ano de 2020, a sua sétima edição. O evento, que ocorre anualmente, é organizado por discentes e docentes do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGeo) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) com o objetivo de proporcionar a integração entre os cursos de Graduação e Pós-Graduação através da socialização de pesquisas e trabalhos científicos, bem como através da realização de palestras e atividades durante o evento.
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7 comentários
Acho essa temática bastante pertinente. A comunidade surda tem batalhado muito pela igualdade de acesso ao ensino, e é urgente que a Geografia pense sobre o seu papel nesse processo.
ResponderExcluirAlém disso, considero fundamental que o surdo desenvolva, como qualquer pessoa, a autonomia espacial/de orientação através da construção dos conhecimentos cartográficos fundamentais.
Obrigada pelo comentário e por validar a importância dessas questões para a Geografia!
ExcluirGostaria de ressaltar o esforço que devemos fazer enquanto educadores, diante do universo de questões que nos envolvem e nos angustiam e sem dúvida a Educação Inclusiva não apenas uma questão mas uma necessidade da Educação como um todo e os profissionais da educação incluindo os licenciados em Geografia devem ser sensibilizados durante sua formação a essas questões e especialmente no que tange a Educação Inclusiva para que de fato ela seja inclusiva não apenas nos discursos.
ExcluirDiante dos dados levantados, você acredita que os cursos de formação de professores em geografia estão preparados para formar profissionais para trabalhar e pesquisar sobre o assunto? O que estaria faltando para impulsionarmos e darmos visibilidade a esta questão que é tão cara à geografia?
ResponderExcluirRosangela, obrigada pela pergunta! Bem, por lei, todas as licenciaturas precisam oferecer a disciplina de Libras no currículo. No entanto, apenas um semestre não é suficiente para aprender uma língua e compreender todas as questões teóricas e práticas sobre o ensino de estudantes com surdez. Além disso, as disciplinas voltadas para a educação especial e inclusiva geralmente aparecem nos currículos (quando aparecem) como optativas ou eletivas, cursadas junto a Pedagogia. Portanto, a formação de professores de Geografia, em sua maioria, não têm preparado para a realidade da inclusão e, especialmente, para o atendimento ao aluno surdo. Acredito que para uma maior visibilidade dessas questões, a formação acadêmica deveria tratar com maior profundidade não só as questões inerentes ao ensino de surdos mas do processo de inclusão no geral, uma vez que certamente o professor se deparará em sua trajetória profissional com as necessidades educacionais especiais em sala de aula. Além dessa formação inicial, acredito na relevância do papel do professor-pesquisador, compartilhando experiências e inquietações; fora uma mudança de perspectiva no geral, associada àqueles que tem o poder de tomar decisões (e não somente a culpabilização do professor ou do aluno).
ExcluirMuito interessante a temática da pesquisa. Pergunta: como foi sua experiência com estudo de LIBRAS durante a graduação? Como percebe o esforço institucional para formação de profissionais da educação bilíngues (português/libras)?
ResponderExcluirObrigada pelo questionamento Alex! Durante a graduação eu estudei Libras por 1 semestre, no qual metade da carga horária foi cumprida em aulas presenciais e a outra metade a distância (isso em 2015). Aprendemos sinais básicos e bem pouco sobre o ensino de surdos e autores surdos . A minha irmã é surda, por isso, já compreendia um pouco de Libras mas, mesmo assim, busquei um curso de Libras no Instituto Nacional de Educação de Surdos, ofertado gratuitamente aqui no Rio de Janeiro para quem tiver interesse. Alguns colegas geógrafos também fizeram este curso onde tivemos contato com professores surdos e com o histórico da educação de surdos. Nesse período também conheci o trabalho de professores de Geografia desta instituição. Vemos que nas universidades públicas têm crescido o reconhecimento do papel do professor surdo no ensino de Libras mas sempre esbarramos na problemática de que 1 semestre (obrigado por lei, como respondi acima) é muito pouco para aprender a língua e como trabalhar com a criança surda. Geralmente os professores buscam uma formação posterior para se considerarem preparados (ou bilíngues). Reconhecemos que a obrigatoriedade do ensino de Libras nas licenciaturas foi um avanço, porém, devemos pensar em como se dá essa formação na realidade e em sua ampliação, assim como, na expansão de certificações e cursos que formem os profissionais intérpretes (como Letras-Libras) essenciais no processo de inclusão e apoio ao trabalho do professor.
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